quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

TODOS OS HOMENS SÃO POETAS




À memória de José Marcolino
e à amizade de Ésio Rafael



Conheci um poeta no Sertão
Que chamava todos os homens 
De forma indistinta e aberta
Pura e simplesmente de POETAS.
Não era por conhecer os seus versos 
Ou saber que eles se dedicavam à  Poesia,
Cantando ou escrevendo todos os dias. 
Muitos deles mal falavam
Mal ouviam e sequer escreviam.  
Era por considerá-los um igual 
- Ele era só um homem 
Com a capacidade de fazer versos -,
Idênticos a ele na sua simpleza,
Puros como ele na sua beleza. 
Era por saber que a Poesia 
Identificava seu nome 
Com todos os homens,
Tornava o seu coração
Verdadeiro irmão
De outro coração.



(Palmares, maio/2004)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

FIM DOS SÉCULOS




Três urubus 
(serão trinta, trezentos,
milhares, milhões...)
conversam em círculo
no telhado de uma casa
no deserto brasileiro 
de asas abertas
sobre os nossos destinos  :
a chuva de sangue das Guerras, 
a podridão dos homens no Mercado Social 
e a morte da Terra Devastada.   


E esperam.  



(São Paulo - Recife, Br 101,
em maio de 2004)

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