Essas casas casarões
De dois três quatro e tantos mais andares
Edifícios de apartamentos
Prédios querendo arranhar o céu
São mais do que algo sólido no ar.
E abrem portas e janelas
Para o infinito ?
Dão asas quando você caminha
Nos labirintos dos corredores e salas
E te transportam para outros mundos ?
Desse endereço arquitetado
Sobre o chão da rua
Ainda podes ser encontrado
Por uma correspondência de Deus ?
Todos os dias tu sonhas
Que edificaste a tua vida
Acima do bem e do mal.
E para os outros viventes
Na verdade o teu edifício
Apenas altera a paisagem local.
(Recife, janeiro / 2008)